sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Bichinho de plástico ou teiazinha artificial …

Sangue a jorrar, tripas de fora, fraturas expostas, decapitações, cadáveres em decomposição e tudo o que convém a uma série policial, eu sou capaz de ver sem piscar os olhos.

Um thriller em que a cada segundo há uma explosão, a cada 10 minutos morre uma personagem de forma inesperada e a cada 20 minutos os espectadores sustêm a respiração. Eu assusto-me mais com os “saltos” da pessoa ao meu lado, do que com o filme. Filmes de terror? Impávida e serena, mesmo durante os momentos em que todos aceleram o ritmo a comer as pipocas.

Chega o Halloween, atiram-me com a merd…(respira fundo) de um bicharoco de plástico para cima … e eu grito a plenos pulmões. É que há pessoas aluadas, há pessoas extramente concentradas e depois há a minha pessoa que é aluada-concentrada na vidinha que está a fazer. Não é preciso muito para me pregar um susto, que faça o meu coração saltar dois bips.

Se estou concentrada, basta chamarem o meu nome alto para eu dar um salto na cadeira. É mais prático e claramente menos trabalhoso, do que andar a infestar todos os recantos com bicharia rastejante de plástico, que me tira do sério. Ah … e mais uma coisinha não comprem teias de aranha artificiais, eu tenho duas ou três nos cantos do tecto do anexo e não me importo de as ceder (transporte e extracção da mesma ficam a cargo do destinatário).

Viva o Halloween! (not)

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

The Walking Dead … em Aveiro (acreditem que é verdade!)

Esta é uma daquelas notícias, que nos põe a pensar “isto dava pano para mangas para um argumentista”. Só falta colocar um par de vírgulas, dois ou três pontos finais, juntar um elenco de luxo e a história conta-se sozinha.

Alegadamente em Aveiro, se uma pessoa morrer, fora horário de expediente, tem de receber "alta" depois de morto. Não estou a brincar é mesmo verdade! O falecido tem de receber alta, antes de poder “ir” descansadinho para a morgue. Depois de um litígio interno e da implementação de novas regras, quem esticar o pernil em horário impróprio tem de dar entrada na urgência e seguir um procedimento (muito) semelhante ao de um doente-vivo.

“O firme e hirto como uma barra de ferro” entra na urgência, passa pela triagem … Triagem? Deve ser uma triagem do género “morto por faca”, “morto por bala”, “morto por distracção”, em caso de dúvida … “morto de morte morrida”. Recebem a pulseira preta e seguem para a sala de emergência das urgências até terem “ordem” de ir para a morgue.  

A notícia acrescenta que “há ainda o relato da entrada de um caixão na urgência, visível aos doentes à espera” … parece que o Conde Drácula também fez uma visitinha ao Hospital e não se quis levantar.

Haja paciência e capacidade para rir!
 
Imagem retirada a Internet
 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aviso: se são melindrosos e sem sentido de humor, não leiam!

Este é um post socialmente incorreto, porque não devemos rir da “desgraça” alheia. Não é bonito rir dos “erros” dos outros ou rir das “dificuldades” que os outros enfrentam.
 
Dito isto segue a parte “mazinha”. Há pessoas que não dizem correctamente os erres. Pior! Há quem pura e simplesmente não pronuncie os erres. E em frases como esta:

- Onde temos mais dificuldades é na operação de carga e descarga.

Na primeira vez que ouvimos ficamos na dúvida, na segunda já temos quase a certeza e na terceira já todos ouvimos perfeitamente:

- Onde temos mais dificuldades é na opeação de caga e descaga.

Era impossível não esboçar um sorriso. Ou mesmo ignorar o caga e descaga constante ao longo do discurso. Mas se pensam que este “problema técnico” causava algum embaraço à pessoa em causa, enganam-se. Com um à-vontade digno de nota e depois de vários cagas e descagas, acrescentou:

- De todas as profissões fui escolher a única que mais lida com cagas e descagas. E se acham que foi má pontaria da minha parte é porque ainda não repararam bem no meu nome. Rita Rodrigues (dito pela senhora soava a algo como Ita Godigues). Onde é que os meus pais tinham a cabeça?

A falta de erres numa frase pode fazer muita diferença, mas o saber rir de nós próprios faz claramente mais. Ninguém se vai esquecer tão cedo da Ita Godigues!

Imagem retirada da Internet

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Erros ou novas palavras novas …

Mente aberta, porque este é um post diferente! Antes de lerem, tenho dois avisos importantes. As “novas palavras novas” não são da minha autoria, porque eu não sou (por falta de tempo) uma “dinossábia”. Se gostas de “errotismo”, este post será mais ou menos uma orgia que te levará à loucura.
 
Para justificar este post começo por praticar um bocadinho de “aculpunctura”. Este climinha tropical com que S. Pedro resolveu presentear Portugal tem provocado uma “esquizotermia” laboral e permitido um treino apurado da bela e fina arte de espirrar para “atchiiiina”. É que com este calor/frio de Outubro nem dá vontade de “pijamificar” ou praticar a arte perdida de “enlasanhar”.
 
Imagens retiradas do Facebook de "Novas Palavras Novas"
 


Por estas razões e neste preciso “ninstante”, eu que sou completamente “lolmnívora”, dou por mim a ter um “raciocídio”. Dito isto, sem “totobolso”, e após uma “bolornhesa” e uma “frutação” … ficamos por aqui que eu tenho de “sebastianar”.

Imagens retiradas do Facebook de "Novas Palavras Novas"
 
P.S. “Novas palavras novas” são substantivos e verbos criados por um redactor comercial, após uma tarde entediante em que teve de rever dezenas de páginas de um documento, do antigo para o novo acordo ortográfico.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Em contraciclo … e sem ponteiros

É impressão minha ou hoje o Mundo divide-se em três tipos de pessoas: as que funcionam em piloto automático, as esquecidas e as não-camaleónicas.

Os que funcionam em piloto automático, ontem “ganharam” mais uma hora de sono, mas não deram por nada. A vidinha continuou, o smartphone fez o seu trabalho e hoje de manhã funcionam a todo o vapor no horário de Inverno. Feito, limpinho, sem problemas!

Os esquecidos perderam uma oportunidade “justificada” para dormir mais uma horinha, tiveram um almoço de Domingo entre as 11h e as 12h e “acordaram” para a realidade só durante a tarde de ontem. Correram a mudar todos os relógios, excepto o despertador, e hoje estão com um mau humor insuportável. É o “salve-se quem puder”!

Os não-camaleónicos funcionam com o relógio biológico. Hoje acordaram uma hora mais cedo do que pretendiam, almoçaram uma hora mais tarde do que a vontade de comer e … às 17h perguntam-se porque é que estão a trabalhar de noite! Até acertarem o relógio sem ponteiros vão “andar às aranhas” e em contraciclo.

Pelo título já sabem qual é o meu grupo...
 
Imagem retirada da Internet
 

sábado, 25 de outubro de 2014

Fúria

Se há uma frase capaz de descrever o filme, essa frase é “os ideais são pacíficos, a história é violenta” proferida pelo sargento Don "Wardaddy" Collier (interpretado por Brad Pitt).

Com uma atenção cirúrgica e absolutamente impressionante, David Ayer (realizador e argumentista) recria o cenário infernal da II Guerra Mundial. E Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Jon Bernthal, Michael Peña, Jason Isaacs e Scott Eastwood dão rosto, carisma e emoção aos traumas, esperança e espírito de camaradagem em tempo de guerra.  

A tática, a logística, a brutalidade e a crueza das cenas de confronto são de tirar o fôlego. É matar ou ser morto, sem lugar a hesitações. Nas trincheiras, o olhar duro e sem contemplações continua. A imundice, as poças de sangue, os corpos apodrecidos empurrados pelas escavadoras e os cadáveres dissolvidos na lama produzem uma imagem forte no grande ecrã. E para mim é esta abordagem honesta e fiel do inferno vivido durante a guerra que faz a diferença neste filme.
 
 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência …

Sempre que alguém num daqueles discursos motivacionais diz “temos de encarar esta equipa como uma família”. Eu penso para com os meus botões: “ai o ‘canário’!”.

É que mais cedo ou mais tarde seremos uma família, mas seremos uma família daquelas dignas de um reality show ou série televisiva. Haverá um “pai” ou uma “mãe”, que pelo carisma e liderança levarão o barco a bom porto. Teremos “irmãs” e “irmãos” com quem nos identificamos e trabalhamos lindamente.

“Primos” e “primas”, que personificam na perfeição a “rebeldia da adolescência” com constantes atrasos. O “tio viciado em nicotina” que desespera ao fim de meia hora de reunião. A “tia alcoviteira” que sabe tudo, quer saber tudo, dá uma opinião sobre tudo e nunca (mas mesmo nunca) se cala. A “cunhada perfeccionista” que é sempre do contra. O “cunhado que sabe todas as piadas secas”, que nós por respeito rimos. O “tio benfiquista” e o “tio portista” que se “engalfinham” em debates inflamados e intermináveis.

Ou mesmo o “primo em 3º grau que só vimos em casamentos/batizados/funerais”, que aparece só para “controlar”, avaliar o ponto de situação e atacar os queques caseiros feitos pela “tia queriducha”.

Ah! A “tia queriducha” é adorável. Trata toda a gente por “meus queridos”, fala muito devagarinho e tem uma aura zen-cor-de-rosa capaz de irritar o mais afincado praticante de yoga. No dia em que a bolha rebentar (ou o stock de Xanax acabar), tenho para mim, que não ficará pedra sobre pedra e será um salve-se quem puder, porque a queriducha explodiu.  

É uma família em peras, não é?

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cuidado com o monstro …

Quem é que nunca foi tentado pelos produtozinhos expostos nas vending machine?
 
Ficam ali arrumadinhos em "prateleiras", todos bonitinhos a olhar para nós o dia inteiro. Eles são os chocolates embrulhadinhos em papel brilhante e colorido, que tentam a mais convicta das dietas. Os refrigerantes que dão sabor e açúcar a um dia de trabalho. As pastilhas elásticas, bolachinhas e snacks empacotados em caixinhas fofinhas e portáteis. E quando a fome ataca levantamos o rabo da cadeira com a firme intenção de ignorar tão resplandecentes e tentadora gama de produtos … e alguns conseguem!

Mas se a carne é fraca para a maioria, a “invenção” da Danone pode tornar uma ida a uma vending machine muito mais interessante. Depois de colocar a moeda, o pior que pode acontecer é o produto tão desejado não cair (já aconteceu aos melhores e alguns até já descobriram e apuraram tácticas de persuasão da máquina), mas agora também pode saltar o monstro Xeidafome.

Não o vosso que está corroer as paredes do estômago, mas o monstro Xeidafome da Dadone. Ora vejam as reacções (se não conseguirem abrir o vídeo cliquem AQUI):

 
Quando o Xeidafome ataca … contra-ataca

Mas não vale a pena bater na máquina!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

É tão linda, fofinha, amorosa, esperta, simpática, parecida contigo …

Deviam inventar um dicionário de adjetivos só para bebés! É que com o advento das máquinas digitais, tablets, smartphones e afins, por mais que sejamos criativos, ao fim de 200 fotografias é impossível não repetir elogios.

Nas primeiras fotografias ainda dá para fazer elogios com nexo. Ao fim de 20 fotografias, os elogios passam a ser uma repetição dos elogios já ditos acompanhados da expressão “ohhh…”. 30 fotografias visualizadas e começamos a elogiar o fotógrafo: “nesta dá para ver melhor o sorriso”, “a luz ficou fantástica”, “olha que fotografia engraçada!” …

Depois de 40 fotografias e um par de vídeos, já não há criatividade que resista! E já se comenta o vídeo, em que a bebé grita a plenos pulmões, assim: “a miúda tem bons pulmões, terá uma carreira promissora como cantora de ópera”. Para meu espanto a mãe respondeu: “achas mesmo! Sabes que eu já pensei o mesmo!”. Ok! … A bebé tem apenas 4 meses, mas se acertei, o primeiro autógrafo é para mim!  

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

“Bailando” de Enrique Iglésias ou “Bebendo” madeirense …

Como diria António Feio: “Não sei. Hesito.”.

Se “Bailando” de Enrique Iglésias fica no ouvido e faz o maior pé de chumbo à face de terra ter vontade de dançar. “Bebendo” de Henrique Igrejas faz qualquer pessoa rir.

De garrafão na boca e com uma alimentação à base de semilhas, salsa e sal, a +4Litro Produções  avisa que com eles o copo fica sempre vazio, “Bebendo” vinho seco, um grogue e sem esquecer a cerveja e uma tequila negra. Depois disto tudo é só preciso ter cuidado com o bófia Sarrão … porque ele é mesmo de cortar a respiração.

Já não posso mais! Querem uma pausa no dia? Então é só ver o vídeo (se não conseguirem abrir o vídeo cliquem AQUI) :

 
 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Numa semana galocha, noutra sandália …

Este “jogo de cadeiras” meteorológico está a dar cabo dos fusíveis ao pessoal mais sensível. Depois de uma semana de chuva, que quase me fez equacionar trocar o meu carro por um barquinho a remos, parece que esta semana será de Verão.

Mas como nisto de apostas meteorológicas mais vale confiar, desconfiando. Eu optei por um estilo tipo cebola, numa sucessão de camadas de roupa que vão desde da coleção Outono-Inverno até à coleção Primavera-Verão. Lá em casa, o meu quarto está arrumado num estilo chamado de “tudo à vista”. E a minha boa disposição está a condizer com o tempo. Sofre oscilações na mesma amplitude que o termómetro e transforma-se assim numa “coisa” passiva-agressiva.

- Está calor!

Eu: É parece que alguém decidiu que hoje era dia de sauna a custo zero, porque é que o raio do ar condicionado está desligado. 

- É Outubro. Ninguém liga o ar-condicionado em Outubro.

Eu: Olha que bom, o on e o off trabalham ao mês. Esperemos que Dezembro precise MESMO do aquecimento, caso contrário morremos aqui estorricados.
 
Imagem retirada da Internet
 

domingo, 19 de outubro de 2014

O Juiz

A duração do filme (142 minutos) pode “assustar” algumas pessoas, mas o filme está longe de ser cansativo. Com uma narrativa cadente e com cenas memoráveis é um filme sobre as relações familiares, que aposta num enredo repleto de tramas paralelos.

A dinâmica entre Robert Duvall e Robert Downey Jr. é excepcional. Duvall (do alto dos seus 83 anos) emprega um cunho muito próprio ao austero e implacável juiz. Já Robert Downey Jr. surpreende. O actor conhecido pelo eterno papel de Tony Stark (em Homem de Ferro) assume neste filme um papel que alterna entre o drama e o humor sarcástico.

A realização de David Dobkin completa o filme com enquadramentos em contraluz e planos que acentuam a carga dramática.   

O final, que guarda algumas surpresas, foge ao típico … e quase se pode dizer que fica em aberto.
 
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Parte uma perna … Não agradeças!

“Parte uma perna” e “merd@” são duas das expressões que mais vulgarmente se utilizam para desejar sorte, antes de um grande “acontecimento”. Mas, definitivamente é uma forma estranha de desejar sorte a alguém.

No sentido literal partir uma perna … Será sorte? O mais certo é faltar. Ou então, chego atrasada, faço uma entrada triunfante acompanhada de duas muletas e causo uma péssima impressão. E quanto dizem “muita merd@ para ti”… bem ter um trânsito intestinal regular não é mau. Mas duvido que alguém ache que tenha sorte, se for a única pessoa a imanar um pivete insuportável dentro de uma sala.  

Depois há um conjunto de paranóias a acompanhar. Não se pode agradecer, a quem carinhosamente nos manda partir uma perna e nos deseja estrume. Não podemos passar por baixo de escadotes. Não podemos ver gatos pretos (imagino o problema que isto acarreta para quem vive com um). Temos de entrar com o pé direito. Fazer figas (às escondidas) por causa do mau-olhado. Evitar a palavra azar, porque atrai o dito. Ah! E também dizem que calcar um poio dá sorte. Mas não é um cocó qualquer! Tem de ser um poio qualificado, aprovado e produzido por um elefante (já agora podia incluir a entrada no Jardim Zoológico!). Sou a única a achar isto de loucos?!

Esta semana perdi a conta às vezes que me disseram uma das frases anteriores, ao desespero sempre que percebiam que eu dizer “obrigada” e às interrupções “não agradeças que dá azar!”. Não deu … e eu agradeci!
 
 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Entre a ressaca e o atropelamento …

Mais coisa, menos coisa é assim que hoje a coisita está.

Se ontem eram “ou vai, ou racha”, hoje a sensação é “foi, mas não rachou”. O passo foi dado e agora só o tempo dirá se a decisão foi acertada.

Os primeiros minutos são vividos como um bebé, que dá os primeiros passos e se sente ainda um bocadinho perdido e cambaleante. É um “mix” de emoções entre “tem cuidado, que o perigo ainda não passou” e o “ok avança, que atrás vem gente e para a frente é que é o caminho”.

É uma “ressaca” do stress. Um “atropelamento” de emoções. É uma “ressaca” da euforia. Um “atropelamento” pelo excesso de informação e novidade. Não estou parada, mas parece que à minha volta toda a gente anda a mil, enquanto eu ainda tento pôr o pé direito à frente do esquerdo, sem perder o equilíbrio.   

Mas tudo bem! Se com um ano de idade consegui acertar o passo e passar à corrida … agora não será diferente! Aqui vou eu (desculpem a infantilidade do vídeo, mas hoje é assim que me sinto, como uma criança que parte à descoberta)!
 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ou vai, ou racha …

Tal e qual. Ou vai, ou racha! Chegou o dia do ponto sem retorno. Não sei se chegou só agora ou se implicitamente sempre existiu, porque quando decido dar um passo em frente raramente mudo de ideias. Mas agora a hipótese de recuar não existe. O “barco” já zarpou e nele claramente entrou um nervosinho miudinho, um ansiedade descontrolada, uma adrenalina desmesurada e uma vontade desesperante que os ponteiros do relógio não me façam esperar mais.
 
Se “cair”, sei que o que tenho de fazer. Levantar a cabeça, consolar a moral, ajustar ideias, ficar de pé e lutar até encontrar terra firme novamente. Se “vencer” … é um novo início, uma descoberta, um passeio por mares ainda não navegados.
 
Ai, que o raio do relógio está a pôr-me os nervos em frangalho! Mas enquanto olho para ele, teimoso e pachorrento, dou por mim a pensar que a vida é um jogo que não controlamos. Na realidade só podemos contar com as “cartas” que temos na mão, sabemos apenas o “jogo” que foi feito até agora, não sabemos se os outros “jogadores” fizeram ou fazem bluff e não sabemos qual será a próxima “jogada”.
 
Hoje, ou vai, ou racha. Conto apenas comigo e com o meu trabalho. E aposto tudo num jogo de mata-mata ... All in!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Se a inveja pagasse imposto …

… tínhamos o problema do orçamento do Estado resolvido.

Quem é que no seu perfeito juízo, olha para esta fotografia e a primeira coisinha que lhe passa pela cabeça é dizer: “Jessica: se queres desfilar em beachwear, faz mais abdominais e controlo nesses hidratos de carbono”.

A sério a dor de cotovelo era assim tão forte que a imaginação só ficou pelo “és gorda!”, “come menos!”, “faz mais exercício físico!” e “não desfiles em fato de banho!”. Se era para a abrir a boca e dizer asneira, mas valia ter sido criativa.

Agora pasmem-se com o segundo comentário: “calma meninas, não estamos a criticar, apenas lhe demos um conselho fitnista. Para além de linda é óptima atriz.”.

Oh, que lindas! Estavam a dar um conselho. Um conselho assim do tipo: és linda como o caraças, uma atriz de sucesso, mas não és suficientemente magra para desfilares, porque essa sou eu que como porções ideais para a alimentação de um grilo, corro na passeira como um cavalo de corrida, fujo dos hidratos de carbono (sempre a correr para manter a linha) como quem foge do diabo e mesmo assim não consigo que me chamem nem para porteira da Moda Lisboa. Acho que era isto, que elas realmente queriam dizer, mas tiveram que abreviar o discurso para ir fazer 100 abdominais.

Quanto ao conselho “fitnista”, a Jessica no seu blog agradeceu com pompa e circunstância. É que se a Jéssica tem de corta nos hidratos de carbono, alguém tem de reduzir o nível de veneno não vá dar uma trinca na língua e cair para o lado.


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Espelho falante, espelho falante, há alguém mais elegante …

Esta pode ser uma frase do novo quotidiano. Motivacional Mirror é um espelho “falante” criado pelo IKEA, que através de um sensor acciona mensagens personalizadas a quem passa na loja. Quem deambula pela loja pode ouvir frases como “querida, tens um vestido fantástico” ou “a tua pele está a brilhar”. E quem é que não gosta de ouvir assim um miminho?  

Por enquanto o espelho só está disponível na loja de Wembley (Londres), mas se a “moda” pegar por cá não se esqueçam de um pequeno (grande, talvez!) pormenor.

O sensor é “sensível” aos pêlos faciais, por isso meninas antes de perguntarem “espelho IKEA, espelho IKEA, que elogio me dás?” lembrem-se que com um buço à Asterix podem receber o elogio “Tens um bigode incrível!”.
 
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

90 minutos sem “ses” …

É um tema que claramente sai ao género, do que eu escrevo aqui no blog. Mas hoje aqui a dona do “estaminé” deu-lhe para isto. Se não querem ter assim um momento de epifania óbvia aconselho a não irem ver o filme Aproveita a Vida Henry Altmann”.

É impossível ver aquele filme sem levar uma chapada de luva branca, que nos acorda para a realidade. Nascemos com um prazo de validade, que desconhecemos por completo. Vivemos felizes e contentes, adiamos decisões, tememos a mudança e quando nos arrependemos de algo … podemos ter só “90 minutos”.

Ver aquele filme numa semana de decisões e de mudança (esperemos para melhor) na minha vida … agudizou a vontade de continuar a caminhar sob o fio do arame.

Eu sei que pode parecer de loucos, mas quando decido alterar algo na minha vida, raramente (para não dizer nunca) volto atrás. Tenho a perseverança de um burro teimoso e uma resiliência inabalável. Mas, tal como a maioria das pessoas, não deixo de temer as “vertigens” de andar sob o fio da mudança. Aquela sensação de novidade é desafiante e avassaladora.

Se só tiver 90 minutos tenho a certeza absoluta que quero olhar para trás sem arrependimentos. Gastar os últimos 90 minutos com quem mais amo sem “ses” … quero ser a louca que viveu no fio da navalha, que caiu e se levantou, aprendeu com os erros e as vitórias. Não quero reparar danos, quero usufruir do que criei à minha volta na sua total plenitude e sem pressas.

domingo, 12 de outubro de 2014

Aproveita a Vida Henry Altmann

Uma comédia divertida e comovente de Phil Alden Robinson, que nos permite ver mais uma vez em tela o actor Robin Williams numa interpretação singular.

Aliás é difícil ver este filme sem pensar que é o último de Robin Williams, o que acaba por dar ao enredo do filme uma outra dimensão. A mensagem de despedida de Henry Altmann (personagem interpretada por Robin Williams) para o seu filho, “quando vires este vídeo já estarei morto”, é apenas um dos muitos exemplos que pontuam o filme e que lhe dão uma maior carga emocional.  

Robin Williams domina o filme do princípio ao fim num equilíbrio (que poucos conseguem dominar) entre a comédia e o drama. Num momento estamos irritados com o feitio irregível da personagem, noutros queremos que ele se reencontre com a família, emocionamos com os seus monólogos e rimos à gargalhada com o humor simples e as cenas caricatas que caracterizam os 90 minutos de Henry Altmann.   

É um filme ligeiro, mas que nos obriga a pensar e a refletir.

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Diz-me com quem andas que eu te direi quem és …

Ainda bem que o ditado não é com quem vives, porque senão eu estava tramada. Quando marcam uma reunião de condomínio (com pessoas adultas é sempre bom reforçar este aspecto) e ao fim de 20 minutos a reunião tornou-se num infantário … só há uma coisa a fazer. Encostar as costinhas à cadeira, esperar que aquilo não dure horas e apreciar o show.

Ah … e conter o riso. E a creditem que é uma tarefa difícil, quando se ouve:

- Já me chegaram a ameaçar por bilhetinhos, que tinha de tirar os meus tapetes de arraiolos do corredor.

- Oh minha senhora! O corredor é uma área comum do prédio, a senhora não pode usar como arrecadação.

- Eles estavam na minha arrecadação. Mas fui obrigada a tirar de lá, porque fizeram queixa ao condomínio que a minha arrecadação cheirava mal.

- E a verdade é que os seus arraiolos cheiram. A senhora não os pode guardar em casa?

- Onde? Na varanda?

Mais uma vez e para relembrar possíveis olvidados. Eram todos adultos. Era uma reunião de condomínio. E era uma da manhã (!!) e estávamos a discutir onde a senhora podia (ou não) enfiar os arraiolos (!!!). Agora vou ali buscar só mais dois cafés, não vá a minha cabeça confundir o teclado com uma almofada.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Capitão do óbvio #2

Correção. Neste caso é capitã do óbvio.

Há pessoas que mesmo perante um elogio teimam em ser do contra. E como dizer o oposto não era uma opção. Reforçou o óbvio. 

O que é que se responde a este comentário?

Eu: Essa blusa vermelha é muito bonita.

R: Vermelha? Não é vermelha, é vermelha escura.

Temos três hipóteses, sem ajuda do público ou telemóvel e (por razões óbvias) também não temos a ajuda dos 50-50:

a)      Tens razão! Há que ser precisa nestas coisas importantes da vida (tom irónico).

b)      Onde queres levar um carolo?

c)      Chamam-te chata! Não acredito. Tu não és chata, és uma maçadora entediante sem qualquer tipo de hipérbole ou eufemismo.

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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DILF. Sabem o que é?

Da mesma fonte que me “alertou” para a existência dos spornossexuais … chegam mais novidades fresquinhas (mais-ou-menos, a crónica é do dia 2, mas só agora é que se falou no assunto).

DILF, não é o nome de um novo desenho animado, é uma sigla para Dads I’d like to fuck. E quem são estes homens? “Pais bonitos, com a barriga no lugar e aquele ar de quem está ocupadíssimo. Homens que se tornam pais e andam por aí a passear com bebés ao colo e a empurrar carrinhos com crianças amorosas. A cuidar delas, atentos, ternurentos.”.

Tão fofinhos! Já sabem mudar fraldas, dar o biberão, acordar de três em três horas … e fazem isto tudo com poucas horas de sono, boa aparência e de sorriso nos lábios. Pois, pois …

Sabem como terminar rapidamente uma conversa sobre este assunto entre amigas? Assim:

M. - Sabes o teu pai podia receber o título de DILF.

R. - Ah! Que nojo! Não podia nada …

E lá juramos todas a pés juntos que nenhum pai (das presentes) podia receber este título. Exatamente! Mentimos com todos os dentes que temos na boca à que tem um pai “arraçado” de Patrick Dempsey. Fim da conversa!

P.S. Existe no Instagram a página "DILFS Of Disneyland – The happiest Place on Instagram", que é completamente dedicada ao tema (é verdade existe muita maluquinha com um iPhone na mão).
 
Imagem retirada da Internet
 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dêem corda aos sapatos!

Estou mesmo a falar a sério, porque em matéria de boa mesa nunca se brinca. Dêem corda aos sapatos e venham até à Praça D. João I ao “Festival Francesinha na Baixa” (até 12 de Outubro de 2014).

Razões não faltam para fazer uma visitinha e desalinhar a dieta. E uma coisa é certa! O mais difícil é mesmo escolher com qual francesinha nos vamos querer comprometer. O festival conta com a presença de cinco restaurantes: BB Gourmet, Capa Negra, Cufra, Porto Beer e Santiago. Mas não é só a francesinha que pode ser apreciada. Existem tapas e sobremesas capazes de satisfazer os olhos, os palatos e as barrigas mais exigentes. E até os deliciosos gelados Santini marcam presença.

O Festival também conta com cozinha ao vivo. Os próximos show cooking são com o chefe Arnaldo Azevedo do Hotel Teatro (10 de Outubro, às 21h30) e com o chefe Luís Américo do Restaurante Cantina 32 (11 de Outubro, às 21h30).  

Para abrir o apetite e deixar a água a crescer na boa ficam aqui algumas fotografias:
 
 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Conversas de elevador #2

Por norma, quando uma pessoa está irritada tem tendência a pontuar a conversa por gestos, que acompanham a intensidade da irritação. Sobe o tom de voz, aumenta a frequência do gesticular e todo o corpo ganha uma energia extra. É normal.

É normal, mas é um grande erro continuar a conversa com uma pessoa irritada (neste ponto de ebulição), que esteja de muletas (e não as largue por nada deste Mundo). Pior ainda é se a conversa ocorre dentro do elevador. 

É que o elevador pode funcionar lindamente como uma cápsula, onde se descarrega toda a irritação até a porta abrir novamente. Porém, reduz consideravelmente as hipóteses de fuga dos acompanhantes da pessoa irrita às suas bengaladas (ou muletadas!?).

Foram duas tangentes a um joelho e duas caneladas certeiras. Foi a “viagem de elevador” mais longa da minha vida e só andamos quatro pisos. Fica o aviso!

Imagem retirada da Internet
 

domingo, 5 de outubro de 2014

The Equalizer - Sem Misericórdia

Um filme com Antoine Fuqua e Denzel Washington pedia um enredo um bocadinho melhor. O argumento é claramente o de um “thriller comercial”, já visto e revisto em diversas versões. Neste aspeto o filme não traz novidade. Um agente “que sai das boxes” para aniquilar russos e acabar com a corrupção numa cidade é idealistas, mas é um formato que vende.  
 
Por outro lado, a realização de Antoine Fuqua e a interpretação de Denzel Washington elevam a qualidade do filme. As cenas de luta cronometradas e coreografadas ao segundo e ao milímetro fazem “subir” a adrenalina da assistência. E as inúmeras formas de aniquilação dos bad boys são excêntricas e engenhosas. Depois de ver este filme passamos a olhar para os saca-rolhas, pisa-papéis, pistolas de pregos, berbequins, extintores e arame-farpado com outros olhos.       
 
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Tribos

Tribos, uma premiada comédia da autoria de Nina Raine, tem como mote a história de um deficiente auditivo, que nasce no seio de uma família peculiar (em permanente luta de egos) e sem deficiência auditivas.

Apelidada de comédia perversa faz jus a essa classificação, levando o espectador a rir de situações absurdas e por vezes cruéis ao longo das noves cenas. O texto da peça de uma forma divertida e politicamente incorrecta entretém, incomoda e questiona o público sobre as diversas limitações do ser humano. Será a surdez uma limitação? Ou limitado é aquele que não é capaz de perceber a diferença? São estas, as duas principais questões, que norteiam a peça. Apesar de ser uma peça controversa, ninguém fica indiferente ao texto e às interpretações dos autores, porque na realidade não há maior “surdez” do que o preconceito.  


P.S. A peça tem início marcado para as 21h30. As portas fecham as 21h30. O espectáculo começa pontualmente às 21h30. Se não quer ficar à porta chegue a horas. No Porto cerca de 40 pessoas ficaram a perceber, à porta do Coliseu do Porto, o conceito de pontualidade e para que serve um relógio.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Sou a única a achar isto ridículo!?

Quando li o texto, reli duas vezes a data da publicação só para ter a certeza absoluta que não era mentira do dia 1 de Abril.

Good2Go é uma app, que tem como objectivo criar “uma pausa antes da actividade sexual (…) reduzir o número de ataques e ‘encontros lamentados’, melhorando a comunicação antes do início da actividade sexual”. A sério? Com uma app!?!?
 
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O processo é simples:

- a primeira pergunta da aplicação é “Podemos avançar?” (se fosse dito já era um péssimo preliminar, mas escrito é o fim da picada)

- existem três hipóteses de resposta: “Não, obrigada”, “Sim, mas ... precisamos de falar” e “Sim, estou pronto/a”

- se a resposta for “Sim, estou pronto/a” surge uma nova pergunta, que avalia o grau de sobriedade com base em quatro opções: “sóbrio”, “moderadamente embriagado”, “embriagado mas pronto para ir” ou “de rastos” (“pretty wasted”)

- com excepção da última opção, as outras três obrigam ao registo do número de telemóvel para validação, garantindo assim o consentimento

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A ideia base (existir comunicação entre o casal) é uma excelente ideia! Mas usar uma app como intermediário da conversa … é de loucos. E se uma pessoa está embriagada (principalmente no ponto “pretty wasted”), duvido que se lembre da app, consiga responder com nexo às perguntas ou que consiga acertar no ecrã do telemóvel para responder.

Já para não falar da “garantia” de consentimento. Se apenas é necessário colocar o número de telemóvel para validar a “operação”, um parceiro “mal-intencionado” pode fazer os dois papéis e depois alegar consentimento  

Se é a isto que chamamos de evolução, caramba estamos mesmo tramados. Os telemóveis são cada vez mais inteligentes, mas os seres humanos estão cada vez mais dependentes de uma inteligência artificial.