Já vi em restaurante,
cafés, bares, bancos de jardim e até em parques de diversão. Famílias, grupos
de amigos ou casais que estão ligados não ao momento, mas à visualização do
vídeo de dois gatinhos fofinhos no YouTube, às actualizações do feed do instagram ou da página de
facebook do amigo, do amigo, do colega de trabalho, que está a fazer uma viagem
fantástica pela Patagónia.
Para isto tenho duas
palavras (ditas devagarinho e bem pronunciadas): é ridículo!
Estamos num grupo a
conversar, ouve-se um “plim” e pronto … acabamos de perder um para o Mundo
online. E nem vale a pena gritar pela sua atenção … “capute”, “morreu” e já só
volta quando a bateria do telemóvel acabar.
Para os que pensam que são
capazes de multitasking e que quando olham para o telemóvel continuam presentes
nas conversas. Não, meus amigos, não estão, porque grunhir ou balbuciar meia
dúzia de palavras, por entre dois cliques, não é conversar. É ser uma estátua
com efeitos sonoros.
Andar na rua com os dois
olhinhos (que os vossos paizinhos tão bem fizeram) postos no telemóvel, tablet
ou qualquer outro objecto que implique só olhar para a frente de meia em meia
hora … só um pequeno reparo! Ou vos cresce um olho extra no meio da testa para
vos alumiar o caminho ou passem a andar pelos cantos. Não queiram ser rotundas,
porque também ninguém está interessado em vos dar a volta.
Tenho dito! (E agora vou ali arranjar o meu telhado de
vidro, porque caiu-me aqui um ou duas pedras e se calha chover ainda ganho
bolor).