Muita técnica e pouca emoção num espetáculo
visual de proporções épicas. Muito sinceramente, depois de 142 minutos de filme,
foi esta a sensação final.
Os cenários são fascinantes e os planos
mais abertos expõem a imponência dos edifícios e estátuas da cidade de Tebas ou
a dimensão do êxodo. A sequência das pragas, a perseguição de Ramsés II (Joel
Edgerton) ao povo hebreu, o confronto entre Moisés (Christian Bale) e Ramsés II
no Mar Vermelho estão repletas de pormenores, que despertam a atenção de
qualquer um.
As dúvidas de Moisés em relação ao seu
passado e futuro tornam-no mais humano (em relação às outras versões), mas
também o líder menos carismático. Falta o tom vibrante e inspirador aos
discursos. Em vez disso temos diálogos tão banais (e constatações óbvias) como:
“Moisés, onde é que estamos?”, “Estamos no ponto da terra, onde temos o mar
à nossa frente e um exército atrás.”.
Falta a capacidade de emocionar e de
gerar empatia com as personagens. Ficam as imagens visuais e alguma intensidade
gerada pelas mesmas.
Imagem retirada da Internet |
é capaz de ser um filme bastante visual, se o Cecil B. DeMille fosse vivo, ele que realizou os Dez Mandamentos, entre outras monumentalidades cinematográficas, haveria de ficar fascinado com as técnicas de hoje para encher o ecrã, por comparação com a sua época! A mim, por acaso, não me está a seduzir. Mas é uma opinião de quem só viu a publicidade!
ResponderEliminarO filme não anda muito longe do trailer.
EliminarE DeMille (que fez um trabalho estupendo em Dez Mandamentos) deve estar a dar voltas no caixão com esta versão. Um elenco de luxo não faz milagres, quando o guião não ajuda. Mas é só a minha opinião (vale o que vale!) :)
Não vi ainda, achaste demasiado colado aos textos bíblicos?
ResponderEliminarNão. O filme adoptou uma abordagem mais comercial, que torna a história e a forma como ela é contada acessível a qualquer um. O problema é que isso tornou o filme … banal e desprovido de garra e intensidade.
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