Não é por acaso que a noite de São João é
conhecida como a noite mais longa do ano. Entre sardinhas, febras, manjericos e
alhos-porros, os cheiros do São João do Porto fundem-se com os sons dos
martelos e martelinhos, risadas e música que coabitam com um cenário monumental
digno de tela. Animação não falta nesta noite, muitos menos nas gentes que de
todas as partes (de Portugal e do Mundo) “acodem” à festa munidos das “ferramentas”
necessárias a uma grande noite: alegria, boa-disposição e energia (muita,
porque a noite é grande!). Para o quadro ser perfeito apenas faltam os balões
de S. João, que à medida que a noite acorda para a festa, salpicam o céu do
Porto. Com o aproximar das onze badaladas, os mais ansiosos pelo fogo-de-artifício
precipitam as conversas e as brincadeiras para perto das margens do Rio Douro …
ninguém quer ficar de fora, ninguém quer perder o espectáculo que junta as duas
margens num espectáculo pirotécnico de cerca de 16 minutos. Tripeiros de gema
juntam-se aos forasteiros que se divertem com a alegria contagiante e entre
duas ou três marteladas lá surge o alho-porro e a garantia certa que uma “martelada
de alho-porro” dará sorte ao longo do ano … Meia-noite! As margens do rio escurecem,
a música começa, o rio brilha e todos os olhos estão postos no céu … começou o fogo-de-artifício.
E assim, enquanto S. Pedro segurava a chuva, S. João cumpriu a tradição e o
Porto festejou até ser dia. ´
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