sábado, 1 de agosto de 2015

Pátio das Cantigas

Confesso que sou fã dos filmes da época dourada da comédia em Portugal, por isso ir a um filme que é suposto ser um remake ou uma actualização dessa época era algo que me deixava de pé atrás. Actores como Vasco Santana e António Silva são únicos e tentar replicar a “fórmula” das comédias populares dos anos 30 e 40 não é fácil, para não dizer impossível.

Posto isto e visto o filme, para mim, não é um remake, quanto muito é um filme inspirado no Pátio das Cantigas, onde numa cena ou outra conseguimos lembrar-nos do original. Não há a frase “ó Evaristo tens cá disto”, há “ó Evaristo não percebes nada disto”. Permanece o bairro típico lisboeta, onde o castiço e as personagens tipificadas imperam. E acrescenta-se um toque de actualidade com o Narciso a ser um condutor de tuk tuks, o Evaristo dono de uma mercearia gourmet e com uma filha adolescente (que só tem olhos para o telemóvel, namorado e carreira de atriz), a Rosa é vendedora de sapatos e cozinheira num hostel, que tem como clientes um grupo de turistas gays espanhóis. O “lado cosmopolita” do bairro fica a cargo de uma família indiana.

Dá para rir, mas não é memorável.

Imagem retirada da Internet

7 comentários:

  1. A família indiana deve ser a do António Costa. eheheheh
    Tinha visto, no 5 para a meia noite, vários intervenientes no filme (realizador e atores), dizerem precisamente isso. Não se limitaram a fazer um remake do original Pátio das Cantigas, do qual apenas aproveitaram o nome e bla-bla-bla... ahahah

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  2. Eu quero ir ver, preciso e gosto de rir(embora se diga por aí que(rir) não faz muito bem às rugas... mas eu não vou nessas cantigas! :-D

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  3. Inevitavelmente acabamos sempre por comparar... e aí fica a perder...

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  4. Ora, depois dessa crítica, fiquei ainda com menos vontade de ver...

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  5. Intuí isso, depois de captar uma propaganda.
    Queria muito ver, inicialmente, se fosse um remake. Mas ao ler que o Leonel Vieira quis "fazer diferente" pensei: Nã. Depois vi as imagens - poucas, porque eles foram poupadinhos - e disse: "Nã".

    Aguardo que passe na tv. E ai espero que a vontade não dite: "Nã".

    PS: Perdeu-se uma oportunidade de ouro! Mas alguém um dia volta a pegar nela. PS2: Diz-me pf, Miguel Guilherme vale a pena? Era a minha única esperança...

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    1. A personagem de Miguel Guilherme parece quase uma caricatura de António Silva ... achei, por exemplo, a personagem do César Mourão mais natural e genuína.

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