domingo, 21 de setembro de 2014

Deixem o Pimba em Paz

Não é um espectáculo que se explique. Ouve-se. E ouve-se como nunca antes tínhamos ouvido uma série de músicas de José Malhoa, Nel Monteiro, Ágata, Mónica Sintra ou Quim Barreiros.

Declamar as “24 Rosas” de José Malhoa pode parecer absurdo, mas é assim que o Bruno Nogueira dá o pontapé de saída deste espectáculo, depois de interpelar o público sobre o que esperam ver naquela noite. E uma coisa é certa, ninguém espera ir ver o que vai ouvir e ver. Manuela Azevedo a interpretar “Sozinha” de Ágata numa performance digna de um palco da Broadway, Camané a reinterpretar o fado “Telegrama” e Marante a cantar “Som de cristal” num estilo que de pimba nada tem.

Confusos? Pois, mas ainda não chegamos à “Comunhão de bens” (de Ágata) tocada num tom sombrio ao piano por Filipe Melo. E também ainda não chegamos à “parte agrícola” do espectáculo, onde o Bruno Nogueira numa composição musical digna de um conto infantil explica “Porque Não Tem Talo O Grelo” (de Leonel Nunes). A partir daqui o céu passa a ser o limite e até a música didáctica-dramática de Graciano Saga “Vem Devagar, Emigrante” arranca gargalhadas ao público. E a explosão é total perante “Ninguém, ninguém” (de Marco Paulo) e um medley de Quim Barreiros, onde não podia faltar “Cabritinha”, “Pito Mau”, “A Padaria” e “Os Bichos da Fazenda”.

Se querem ver de tudo um pouco, desde do jazz ao pop/rock, não podem perder “Deixem o Pimba em Paz”.  


6 comentários:

  1. Já tinha lido boas criticas


    Sónia
    www.tarasemanias.pt

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    1. É apenas a minha opinião (vale o que vale), mas também recomendo vivamente :)

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  2. Pronto! Fiquei com vontade de ir ver!
    ;)

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  3. Respostas
    1. Realmente os próximos locais são afastados de Lisboa, mas pode ser que eles voltem ao coliseu. No Porto tiveram sala cheia e penso que em Lisboa foi igual.

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