“Aqui Nasceu Portugal”, esta é a frase
gravada nas muralhas da cidade. Ao chegar à cidade é impossível não “mergulhar”
no seu ambiente de forte herança histórica e de ligação coerente entre a
tradição e a modernidade. Para quem se desloca de carro é preferível começar a
visita a partir do Monte Latito (ou Colina Sagrada), uma vez que assim pode
“descer” a cidade. Para os apreciadores de História, o Monte Latito
disponibiliza uma tarde “cheia”: Castelo de Guimarães (segunda metade do século
X), a Igreja de São Miguel do Castelo (século XIII) e o Paço dos Duques de
Bragança (século XV). Diferentes séculos, diferentes épocas e diferentes
objectivos marcam a construção dos três monumentos mais simbólicos da cidade. O
Castelo de Guimarães edificado
para defender o Mosteiro de São Mamede ou Mosteiro de Guimarães encontra-se
primeiramente ligado à formação de Guimarães e depois à formação do Condado
Portucalense, quando passa a ser residência do Conde D. Henrique (pai do
primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques). Já que se fala do pai, do filho
reza a história (conforme a inscrição de 1664 gravada em lápide no baptistério)
que foi baptizado na Igreja de SãoMiguel. Por fim, o Paço dosDuques inicialmente criado para albergar o filho bastardo de D. João I,
D. Afonso (1º Duque de Bragança), assumiu diversas funções nos anos após a sua
morte: celeiro para o armazenamento das rendas das rainhas de Portugal e
Quartel do Regimento de Infantaria (1807 até 1938).
Agora é só descer até à Praça de
Santiago! Pelo caminho (Rua de SantaMaria) é possível ver vários palacetes brasonados, o Convento de Santa Clara (actual
Câmara Municipal) e a Casa do Arco
(onde ficou alojado o rei D. Manuel, aquando as peregrinações a Santiago de
Compostela). Na Praça de Santiago e
no Largo da Oliveira é possível encontrar diversos restaurantes para um
almoço rodeado por história. O Largo da Oliveira está intimamente ligada às
origens de Guimarães. Neste largo é possível encontrar os principais símbolos
da identidade vimaranense: a oliveira, a estátua do “Guimarães” sobre a cornija
da velha Casa da Câmara, o Padrão doSalado e a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira.
Falta dar ainda um saltinho até ao Largo do Toural conhecido por
ser a sala de visitas da cidade de Guimarães. A visita vai valer a pena,
principalmente se incluir uma “visita” à PastelariaClarinha e uma degustação da doçaria tradicional vimaranense. O legado
deixado sobretudo pelas monjas de Santa Clara é uma tentação! As tortas de
Guimarães, o toucinho-do-céu de Guimarães, as brisas da penha, as douradinhas ou
os amores são algumas das tentações que passaram de geração em geração,
chegando até aos nossos dias.
O mapa do centro histórico pode ser consultado AQUI.
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