Todos nós temos um dia que parece feito
de 48 horas, em vez das habituais 24 horas. Hoje tocou-me a mim. Começou cedo e
ainda não acabou, porque continuo a pensar no que foi dito, feito e … no que
ainda há para fazer. Mas, de todas as coisas que me passam pela cabeça, há uma
que teima em ficar. Os gabarolas, lambe-botas e convencidos que tive de ver
hoje a “meterem a pata na poça” (para não dizer o corpo todo, tal foi a
asneirada!). “Eu fiz isto e mais aquilo! Esquece, tu não tens hipótese só com
isso”. “O meu trabalho é extraordinário, até já me deram os parabéns”. “Estou
certo, que o meu trabalho vai ser aceite, porque já falei com X, Y e Z”. Pois …
não foram. Não foram extraordinários, nem elogiados e as palmadinhas recebidas
nas costas antes da reunião de nada serviram. Na hora H, os “ratos” são sempre
os primeiros a fugir do barco, quando este se está a afundar. Na hora H, quem
diz “tem o meu apoio”, só apoia se isso significar ficar bem na “fotografia”. Hoje,
quem fez realmente um bom trabalho é que recebeu os elogios. Os outros … os
outros ainda agora não devem saber o que fizeram de mal, porque muito
provavelmente toda a vida fizeram o mesmo. Gabaram-se, pavonearam-se e
produziram o discurso mais eloquente possível (sem qualquer conteúdo) para
disfarçar a falta de competência. Amanhã é um novo dia …
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