Por diversas vezes passo à frente da
Casa do relógio-de-sol na Avenida do Brasil (Porto) e de todas as vezes me
interrogo como é que é possível uma casa com aquele valor arquitectónico estar
abandonada, degradada … literalmente à espera de ir caindo aos bocados. Não sei
precisar quando, mas numa das muitas vezes que estava parada nos semáforos,
apercebi-me que a casa tinha uma placa de uma imobiliário. A lógica seria que a
placa dissesse “Vende-se”, por isso não li. Finalmente, a casa teria um
destino, seria alvo de obras e retomaria o seu esplendor de outrora.
Mas, para
minha grande surpresa, na semana passada resolvi olhar uma segunda vez para a
placa e ler o que realmente lá estava. A casa não se vende, pelo contrário
arrenda-se, ou melhor, está arrendada. Sim! Na placa pode-se ler “ARRENDADO”.
Agora, a questão é outra. Qual é o interesse de arrendar um imóvel que não é
habitável? É verdade que, neste momento, o mercado de arrendamento é mais
favorável. Mas. Quem é que pode estar interessado em arrendar uma casa em
ruínas?
Na internet encontrei um artigo da
revista Viva! que conta o passado da casa e que pode ser consultado AQUI. Também
o blog Ruin'Arte tem diversas fotografias do interior da casa.
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